A Depressão é um transtorno do humor que se caracteriza por diminuição do interesse ou prazer na realização de todas ou quase todas as atividades, por perda ou ganho de peso ou apetite involuntariamente, insônia ou excesso de sono, agitação ou lentificação, fadiga e perda de energia. Esses sintomas também podem vir acompanhados por dificuldade para se concentrar e pensar sobre algo, indecisão, sentimento de culpa e tristeza, pessimismo e baixa autoestima. Nos casos mais graves ocorrem ideias, pensamentos e tentativas de suicídios.
É importante compreender que para classificar um transtorno depressivo, a união desses sintomas deve estar causando sofrimento e prejuízos no âmbito social, profissional, familiar ou em outras áreas da vida de uma pessoa. É a presença de certo número de sintomas que concluirá o diagnóstico.
Além disso, é preciso diferenciar quando os sintomas são reações esperadas a acontecimentos negativos para aquela pessoa, como perdas, luto, términos de relacionamentos, etc.. Nesses casos é natural passar por um período de sofrimento que vai diminuindo gradualmente até que o indivíduo retome seu estado de equilíbrio.
A Psicoterapia é essencial para tratar a depressão. Dependendo da intensidade, pode ser necessário tratamento medicamentoso, indicado pelo médico psiquiatra, ao mesmo tempo.
Durante o tratamento psicoterapêutico a pessoa desenvolverá seu autocontrole e ampliará suas habilidades para se relacionar socialmente em todos os contextos, lidando de forma mais equilibrada com dificuldades, imprevistos ou situações que lhe causem ansiedade.
Os pensamentos que estão, nesse caso, geralmente negativos sobre si mesmo e seu futuro também serão foco de mudanças, buscando desconstruir crenças ou interpretações negativas sobre as experiências que o individuo viveu e reelaborar conflitos que já aconteceram ou ainda acontecem.
Como a depressão ocorre num contexto social e interpessoal, a evolução do tratamento será bastante influenciada pelas relações do paciente deprimido com pessoas significativas em sua vida. Então faz parte do processo ajudar o paciente a manejar de forma mais adequada os problemas e dificuldades que possam existir nessas relações e que, de alguma forma, possam estar associados ao início dos sintomas depressivos.
Ela tende a ser recorrente, ou seja, pode reaparecer após algum período de desaparecimento dos sintomas ou pode perdurar por longos períodos, ainda que os sintomas sejam menos intensos ou prejudiciais para a rotina diária. Por isso, os tratamentos de manutenção são importantíssimos para evitar que os sintomas reapareçam ou fiquem mais intensos, principalmente porque as situações externas que desencadearam a depressão podem continuar existindo e a pessoa necessitará se fortalecer psiquicamente para conviver com elas.
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